
Mudanças hormonais ao longo da vida da mulher, especialmente as flutuações nos níveis de estrogênio e progesterona, parecem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na gravidade dos transtornos do humor.
Mudanças hormonais ao longo da vida da mulher, especialmente as flutuações nos níveis de estrogênio e progesterona, parecem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na gravidade dos transtornos do humor.
1. Ciclo menstrual e TDPM: durante o ciclo menstrual, muitas mulheres experimentam mudanças de humor. O Transtorno Disfórico Premenstrual (TDPM) é uma condição caracterizada por sintomas severos de humor, ansiedade e fadiga, que ocorrem principalmente na fase lútea do ciclo menstrual. Nestes casos, parece haver uma sensibilidade aumentada às flutuações hormonais normais do ciclo menstrual.
2. O papel do Estrogênio: o estrogênio tem um papel complexo na regulação do humor, modulando sistemas relacionados a serotonina, dopamina e GABA. Embora possa ter efeitos antidepressivos e ansiolíticos, as flutuações em seus níveis podem aumentar o risco de depressão e ansiedade.
3. Gravidez e Pós-Parto: estes são períodos de mudanças hormonais significativas. O pós-parto é associado a uma queda abrupta nos níveis de estrogênio e progesterona. Há estatísticas que apontam que até 19% das mulheres podem sofrer com a depressão pós-parto. Esta é uma condição séria que requer avaliação e intervenção médica.
4. Perimenopausa e Menopausa: durante a perimenopausa, as flutuações hormonais podem aumentar o risco de depressão. Alguns estudos apontam que a depressão é mais comum durante a perimenopausa do que na pós-menopausa, sugerindo que a instabilidade hormonal pode desempenhar um papel relevante.
5. Avaliações detalhadas devem considerar o histórico reprodutivo da mulher, sintomas, sua perspectiva pessoal, contexto de vida e fatores de risco / resiliência para diferenciar entre TDPM, Síndrome Pré-Menstrual (SPM) e Exacerbação Pré-Menstrual (PME).
Importante destacar que, para além das oscilações hormonais, muitas mulheres ainda apresentam dupla jornada de trabalho e sobrecarga no dia a dia, sendo fundamental que haja um momento para observar a si mesmas e sua saúde mental, com todas as suas especificidades.
Dr. Izidione Antônio Miozzo Junior
Médico Psiquiatra
CRM-SC 21829 | RQE 19947
No século XIX, Jean-Pierre Falret (1794 - 1870), um psiquiatra francês, apresentou, em uma de suas aulas sobre lições clínicas no Hospital Salpetrière, um conceito que caracterizava “uma forma de insanidade que nós chamamos de circular, feita de alternâncias entre períodos de excitabilidade e períodos usualmente mais longos de depressão”.
O transtorno afetivo bipolar (TAB) - também denominado transtorno bipolar (TB) ou “bipolar disorder” (BD) no inglês - afeta em torno de 40 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a World Health Organization (WHO). Além disto, a incidência do transtorno vem aumentando, principalmente entre adolescentes e jovens adultos nas últimas décadas.
Mudanças hormonais ao longo da vida da mulher, especialmente as flutuações nos níveis de estrogênio e progesterona, parecem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na gravidade dos transtornos do humor.
Um estudo recente publicado na Nature Molecular Psychiatry explora os aspectos cerebrais funcionais do transtorno afetivo bipolar (TAB).
O lítio é um elemento natural que tem sido utilizado como estabilizador do humor por décadas, principalmente no tratamento do transtorno afetivo bipolar (TAB).
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Entender el delirio desde la perspectiva que nos ofrece la pragmática hace necesario el recurrir a dos momentos dentro del proceso del diálogo delusivo.